sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Avanços no tratamento do câncer de mama

Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia apresenta estudos que reduzem a doença com terapia hormonal


A Novartis Oncologia acaba de apresentar a atualização de um estudo de fase III (BOLERO-2), que pode representar o principal avanço no tratamento de pacientes com câncer de mama metastático (RH+)/HER2- nos últimos 15 anos. Os dados foram divulgados durante o Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia (American Society of Clinical Oncology, ASCO), o principal evento para atualização e divulgação científica da área oncológica, em Chicago (EUA).

A atualização de 18 meses do estudo BOLERO-2 confirmou que a molécula everolimo administrada em combinação com a terapia hormonal (exemestano) prolongou em mais de duas vezes o tempo de sobrevida livre de progressão da doença em pacientes com câncer de mama metastático com receptor hormonal positivo (RH+). Além disso, houve uma redução de 55% no risco de progressão da doença com a terapia combinada de everolimo + exemestano quando comparada com o tratamento apenas com exemestano.

Segundo especialistas presentes no evento, esses resultados podem representar uma importante mudança de paradigma e uma revolução no tratamento do câncer de mama avançado. Isso porque, mais de 50% das mulheres não respondem ao tratamento inicial com a terapia hormonal e as que respondem desenvolvem resistência ao tratamento com o tempo. O everolimo tem se mostrado eficaz, pois atua justamente para ‘romper’ com essa resistência, adiando a necessidade de quimioterapia.

O everolimo atua na inibição da proteína mTOR, que é um regulador importante na divisão das células tumorais, no crescimento dos vasos sanguíneos e no metabolismo celular. A resistência à terapia hormonal em câncer de mama tem sido associada à ativação excessiva dessa via.

Mundialmente, por ano, cerca de 220 mil mulheres ainda são diagnosticadas com o câncer de mama metastático (RH+)/HER2-, tipo mais comum da doença em estágio avançado.

Fonte: http://www.medicinago.com.br/materia/avancos-no-tratamento-do-cancer-de-mama

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