Os fatores que podem acometer o desenvolvimento da fibrose são: o tempo de uso do implante, a superfície do implante, a presença de infecção clínica e subclínica, complicações pós-operatórias como hematomas, seromas, trauma cirúrgico intenso (cirurgias mais amplas como mastectomias) e a presença de radioterapia, este último nos casos de reconstrução pós-câncer.
Em um estudo, realizado pela revista americana Plastic and Reconstructive Surgery observou-se que os implantes de revestimento liso apresentaram cinco vezes maior incidência de contratura capsular que os implantes texturizados, configurando-se assim a textura como um fator protetor para o desenvolvimento deste tipo de complicação.
A contratura capsular, em casos de implantes de mama, pode acontecer em vários graus, denominados Baker, e se classificam da seguinte forma:
- Baker I: sem sintomas locais e, ao exame físico, não há alterações como assimetrias ou deslocamentos. As mamas são macias e não há incômodo na palpação.
- Baker II: a mama fica menos elástica e podem ocorrer pequenos incômodos. O implante é sentido na palpação, porém não há alteração visível.
- Baker III: a mama fica mais dura, o implante pode ser visto e sentido na palpação, além de ser visível uma assimetria entre uma e outra mama;
- Baker IV: neste grau, além da dureza e visibilidade de assimetria do terceiro grau, a paciente sente dor.
A presença de contratura capsular em graus mais leves, Baker I e II, pode ter melhora parcial com emprego de massagens e medicações, realizado por terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. A massagem externa tardia orientada e com aplicação de vibrador e/ou ultrassom pode amenizar ou até solucionar alguns quadros de contratura leve/moderada.
Contraturas de Grau Baker IV podem levar a um desgaste tão intenso do implante que, em última instância, pode ocorrer o rompimento da capa e, consequentemente o extravasamento do gel de silicone. Em raros casos, a causa da contratura é proveniente do rompimento da capa e consequente extravasamento do silicone para a glândula mamária, o qual gera o processo inflamatório local. Neste último caso é imprescindível a retirada do implante, cabendo ao médico e à paciente conversarem sobre a troca do mesmo.
Algumas medidas preventivas podem ser tomadas, pelo Cirurgião Plástico, para minimizar o processo de Contratura Capsular, entre elas está o uso de técnicas cirúrgicas menos agressivas que reduzem a incidência de hematomas e seromas, vinculados à contratura, e entre outros:
Controle absoluto da esterilização dos materiais cirúrgicos, higiene do centro cirúrgico e da equipe.
Aplicação de antibióticos sistêmicos pela via endovenosa durante e após a cirurgia com intuito de prevenir a infecção.
Aplicação, junto com o implante de silicone, uma solução que contêm três antibióticos com objetivo de evitar a infecção subclínica no implante e o desenvolvimento da contratura.
Além dessas medidas, a Paciente também deverá tomar cuidados pós-operatórios habituais, de acordo com orientação de seu médico como:
- Repouso relativo
- Alimentação adequada
- Evitar cigarro
- Fazer curativos adequados com objetivo de favorecer a cicatrização e prevenir eventuais complicações.
As informações deste Blog não tem interesse de Diagnosticar, Prescrever ou Curar.
Consulte seu médico Cirurgião Plástico, só ele poderá diagnosticar, prescrever e tratar.
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