Mutirão de implantes mamários

Neste sábado, dia 15,  foi realizado o terceiro mutirão de implante de próteses mamárias no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos que beneficiou sete mulheres.

Participaram 40 profissionais, entre médicos, enfermeiros e funcionários do Hospital, sendo que a maior parte destes teve participação como voluntario.

A iniciativa teve o apoio da Associação das Famílias de Rotarianas (Asfar) de Santos, que desde 1995 atua em parceria com a unidade, fornecendo próteses externas (sutiãs com enchimento especial) às mulheres mastectomizadas ou que tiveram parte do seio retirado em razão do câncer.

Para o médico Tarricone Junior, as próteses são fundamentais para a autoestima da mulher e simbolizam, na maior parte dos casos, o recomeço de uma nova vida.

Ele avalia, no entanto, que o período de reconstrução depende de cada uma. “Deve-se levar em conta a posição e o tamanho do tumor, além do tipo de tratamento. Só então é possível debater o momento correto para o procedimento. Apesar de essencial para a mulher, a reconstrução não é determinante na luta pela própria vida”.

De acordo com o especialista, seis novos casos de câncer de mama são confirmados por semana na Baixada Santista. Apesar de alto, o número é o esperado pelas estimativas.

O mastologista ressaltou que o alarde com a doença tem relação com o estigma causado pelo câncer. “Entretanto, o diabetes é tão nocivo quanto um tumor à saúde, também exige cuidados e estabelece uma mudança na rotina da vida de quem é acometido por ela”, alerta.

Feliz por participar do mutirão, a aposentada Maria do Carmo, de 69 anos, venceu um câncer há 19 anos e esperava ansiosa pela cirurgia. “Tive de driblar meu receio em enfrentar o bisturi novamente. Me ajudou muito ver o sorriso de mulheres que passaram pela situação e hoje estão bem. Essa, com certeza, será a marca da minha vitória nessa batalha”.